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domingo, 9 de setembro de 2012


                           Projeto: Reciclar para reduzir

Resumo da Experiência


         A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença e uma das mais importantes é a reciclagem do lixo. Embora seja, com certeza um dos temas mais trabalhados em projetos, precisamos estar sempre estimulando esta saudável atitude que faz toda a diferença em nossas vidas.  Com esse pensamento foi iniciado o Projeto: Reciclar para reduzir, que surgiu ainda no final do ano letivo de 2011, quando após uma aula sobre o tema constatou-se, após um levantamento de dados, utilizando os encartes do Programa Agrinho, e com a realização de entrevistas, que um grande número de famílias dos alunos ainda não adquiriu o hábito de reciclar seu lixo. 
         Para tanto, foram realizadas diversas atividades com o objetivo de tentar conscientizar essas famílias da importância e da necessidade que temos de reciclar os resíduos produzidos diariamente e que se tornaram um dos grandes problemas e desafios ambientais do início do século XXI.
         O projeto não tinha a pretensão de conseguir mudar a atitude de toda uma comunidade de um dia para o outro, mais sim, de conseguir com pequenas atitudes mudar a concepção dessas famílias dos alunos do então primeiro ano, hoje já segundo, para assim de pequenas atitudes com o auxílio de pequenos grupos conseguirem ao longo do tempo saber e atuar para melhorar o mundo, começando pela comunidade onde vivemos.

                                                          Descrição

      O projeto que será descrito surgiu a partir da constatação de que infelizmente não são todas as famílias de nossa comunidade que costumam reciclar seu lixo, embora esperasse que a grande maioria o fizesse, pois felizmente, já podemos nos considerar privilegiados, pois nosso município já conta com a coleta seletiva que é feita uma vez por semana, até mesmo na zona rural, onde a Associação de Catadores fazem a seleção de todos os materiais reciclados que são vendidos para uma empresa que dá o destino final aos materiais. Talvez até mesmo pelo trabalho desenvolvido pela Associação de Catadores e por já acontecer à coleta seletiva há alguns anos a comunidade escolar passou a deixar esse trabalho, mais para eles, somente tratando do tema de forma superficial, mas foi durante uma aula onde era discutido o assunto através do material do Agrinho que os alunos foram questionados sobre as questões ambientais é que percebi que nem todos fazem a coleta seletiva, pois, contaram que suas mães jogavam o lixo todo junto e que colocavam para o caminhão do lixo orgânico levar, não separando o lixo da associação que são os materiais reciclados, porque, alega que dá muito trabalho fazer isso.
      Então após fazerem desenhos sobre a importância da reciclagem e de trabalharmos com a Apostila do Positivo, que é o material didático adotado pela escola e que trabalha sobre o assunto, construímos o Mapa Conceitual onde foi discutido sobre o que fazer para conseguir conscientizar essas famílias sobre a importância e os benefícios que a reciclagem proporciona em nossas vidas. Entre as várias atividades proposta pelo material do Agrinho e pela apostila do Positivo foram selecionadas algumas onde ao final de cada unidade trabalhada os alunos produziam desenhos e também textos utilizando os encartes do Agrinho que serviam como fechamento dos temas. Já nas primeiras atividades foram confirmadas as informações que as crianças já haviam trazido que foi o resultado da pesquisa sobre: Quem separa e quem não separa o lixo em casa. Constatou-se que de uma turma de 20 alunos apenas 12 disseram que suas famílias separavam o material reciclado, o que foi uma surpresa, pois acreditava que o índice de famílias que não fazem a separação seria de no máximo duas e, no entanto quando constatei que oito famílias, apesar de todos os esforços da associação e mesmo da comunidade escolar, não separam o lixo, o índice de famílias que não estão comprometidas com a qualidade de vida de seus filhos e muito menos de sua comunidade, é muito elevado.
      Para tanto foram realizadas atividades sobre a forma como é feita a coleta dos materiais reciclados em seus respectivos recipientes, esse processo ainda não é feito em nossa cidade, pois é a Associação de Catadores que é responsável por separá-los. Foram realizadas diversas atividades como: jogos, pesquisas, produção de textos, desenhos, entrevistas entre outras. Foram trabalhadas dicas de reciclagem e de aproveitamento do lixo orgânico para adubar jardins e hortas. Depois foram confeccionados alguns cartazes que foram afixados em lojas, farmácias, escolas e demais locais de circulação da comunidade, alertando sobre a importância da reciclagem e também foram feitos alguns brinquedos sugeridos nas atividades da Apostila Positivo, mas todo esse trabalho foi realizado ainda no final do ano letivo de 2011, quando a turma estava no primeiro ano, e não tínhamos a pretensão de transformá-lo em um projeto mais longo, por isso as atividades não foram fotografadas, temos apenas as atividades realizadas na Apostila do aluno Yago que foi doada pela família para ser colocada no projeto como forma de comprovar algumas atividades realizadas.
      Ao iniciarmos o ano letivo de 2012, retomamos o Mapa Conceitual e a apostila que continuou com atividades sobre a importância da reciclagem e procurando intercalar com fundamentos do Ensino Religioso e também com o material do Agrinho, foram produzidos novos cartazes e textos sobre o tema.
      O tema passou a ser discutido durante as reuniões de pais como forma de incentivar as famílias a fazerem a separação de seus lixos. Depois de constatar que mesmo após todas as atividades ainda algumas famílias continuavam resistentes em separar o lixo é que surgiu a ideia de se produzir os materiais como: os brinquedos usados durante o recreio com embalagens vazias, foi feito uma oficina para ensinar a fazer vassouras com garrafas pet, e as lembranças do Dia das Mães e também a dos Pais foram todas produzidas a partir de materiais reciclados, trazidos para a escola pelos pais dos alunos. Dessa forma muitas famílias passaram a reciclar seu lixo, que senão em sua maioria ao menos uma parte que era trazida para a escola e depois os materiais que não eram utilizados a própria escola fazia a entrega a Associação de Catadores.
      Foi somente no final do mês de julho de 2012, que após sugestão da equipe pedagógica, decidiu-se reunir os materiais para a montagem do trabalho que já vem sendo realizado desde 2011. Então fomos fazer uma visita a Usina de Reciclagem e na oportunidade apresentamos a Associação de Catadores, o resultado da pesquisa sobre: Quem separa o lixo. Foi então, que eles perceberam que deixaram as campanhas de conscientização sobre a importância da separação do lixo em segundo plano. Então de posse da amostragem feita na turma do primeiro ano, agora segundo ano, eles perceberam que como a escola é o reflexo da sociedade, que eles precisam em parceria com as escolas, promover novas campanhas como a que nos já havíamos iniciado durante o projeto para voltar a fazer a conscientização dessa parcela significativa da comunidade que ainda não tem o saudável hábito de reciclar.
      O Projeto continua sendo ampliado a cada dia, pois no mês de agosto (agora foi fotografado para comprovação) foi realizada uma oficina para as crianças, do segundo ano, que contou com a colaboração do artesão local o senhor Kennedy, que os ensinou a confeccionar carrinhos e bonecos utilizando garrafas pet e embalagens em geral. Todos se divertiram e gostaram tanto que já foi programa outra oficina para o mês de outubro com todas as crianças da escola para comemorar a Semana da Criança, onde todos farão seus próprios brinquedos, e espera-se que cheguem à mesma conclusão dos que fizeram a última oficina que afirmaram que agora seus pais não precisam mais comprar brinquedos, pois, eles mesmos podem fazer com materiais reciclados. Esse era o objetivo principal da oficina, fazer com que os alunos percebam que nem tudo é necessário comprar, despertando o interesse e o prazer de confeccionar seus próprios brinquedos. Outro objetivo era o de plantar a semente do consumo responsável, fazendo com que cada criança possa levar para suas casas o aprendizado de que é com consumo consciente e com reciclagem que podemos transformar nossas vidas e de toda a nossa comunidade para melhor.
      Outra iniciativa do Projeto: Reciclar para Reduzir, acontecerá no dia sete de setembro quando durante o desfile cívico a escola irá apresentar os trabalhos produzidos durante as oficinas de materiais reciclados, com faixas com frases incentivando o consumo consciente e a reciclagem, em parceria com a Associação de Catadores, como uma forma de mostrar a comunidade o valor dos materiais reciclados, bem como da importância da reciclagem. Sendo assim iniciaremos um projeto maior e mais duradouro que é o de conscientizar a comunidade para que quem já faz continuem separando seu lixo e para os que ainda não o fazem procurem adquirir esse hábito tão importante para a preservação do meio Ambiente e por tanto a preservação da vida. Porque as questões ambientais precisam estar sempre em nossos planejamentos, para que não caiam no censo comum e sejam deixadas de lado, questões que são simples (como o de separar o lixo) mais que ao longo do tempo farão grande diferença na vida de todos.     

CONCLUSÃO


Durante muito tempo, o homem extraiu do meio ambiente o que bem quis, sem se preocupar em repor o que dele retirava ou, ao menos, em garantir que, no futuro, ainda houvesse o que dele extrair.
Os recursos naturais parecem inesgotáveis, mas vão começar a diminuir; espécies e mais espécies de animais estão extinguindo ou ameaçados de extinção. A industrialização cresce cada dia mais, e com isso a poluição aumenta em níveis nunca vistos, com isso tudo o próprio homem está ameaçando a Terra.
Mas ainda é possível reverter esse quadro. Cada vez mais, no mundo todo, surgem iniciativas, as mais diversas para a preservação da natureza e do meio ambiente. Leis controlam empresas e indivíduos para que a poluição não afogue a humanidade em sua própria sujeira. Mas, todos esses mecanismos, não surtiram efeitos se a mentalidade das comunidades não forem trabalhadas, para que todos se conscientizem de seus papéis na sociedade. Uma das maneiras mais importantes de lutar para que nosso planeta continue habitável e belo é a reciclagem. Reciclar é combater o desperdício. É garantir o futuro.
Por isso, são de pequenos projetos e de iniciativas locais, como do Projeto: Reciclar para Reduzir, que um dia conseguiremos alcançar a totalidade transformando concepções, hábitos e atitudes para que todos possam viver em um mundo mais limpo, mais humano, mais justo e mais digno para todos.
 








 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Projeto- Sementes da África


Diagnóstico da escola (com relação à aplicação da Lei 10.639):
A escola enfrenta uma realidade que a envolve e desafia, não podendo estar alheia a este processo de mudança, pelo qual o mundo está passando.
Há de se resgatar como tarefa urgente e inadiável os valores tais como: cooperação, respeito aos direitos humanos, responsabilidades, honestidade, organização dos valores, compromisso político, competência técnica e ética, para uma atuação de mudança e transformação, exigindo uma nova postura da escola. A escola é um lugar privilegiado para o debate com crianças e jovens em busca do resgate dos valores que possam tornar a sociedade mais justa, mais humana tendo como objetivo permitir o exercício da cidadania em busca da felicidade individual e coletiva, e o seu ponto de partida são o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania como fundamento da preparação do educando para a vida.
Partindo desse pressuposto é que a escola busca através da aplicação da Lei 10.639 programar uma educação desafiadora através de uma nova leitura sobre o lugar da África na história da humanidade e o papel do afro descendente no Brasil, não mais estigmatizados e nem postos à margem da história oficial, mais sim, como agentes construtores e transformadores da sociedade brasileira.

Apresentação  da Proposta                                                                                                                            


O Brasil teve grande influência dos negros africanos na vida econômica, social e cultural. Eles trabalharam na lavoura, e nas minas e, no período colonial, nos engenhos e plantações. Supõe-se que os primeiros negros africanos chegaram em 1538 e que só foram oficialmente libertos em 1888.
Suas marcas deixadas em nossa cultura estão presentes em nosso cotidiano. E foi graças à mãe negra que transmitia para seus filhos as estórias, lendas, contos, mitos, deuses e animais encantados vindos de suas origens que essas sementes plantadas na alma e no inconsciente de brancos e negros ainda hoje germinam em nossa cultura.
Nas famílias da época da escravidão eram as escravas que amamentavam e criavam os filhos da mãe branca: a ama negra dava de mamar ao bebê branco, o embalava no berço e lhe ensinava as primeiras palavras e as cantigas de ninar.
Os filhos das senhoras brancas conviviam até os cinco ou seis primeiros anos com os filhos das negras escravas com os quais brincavam de carrinhos de madeira, de pião, montar a cavalo nos próprios escravos entre outras brincadeiras.
No interior da Casa Grande as meninas brincavam de faz de conta de mucama e senhora mandando nas criadas. As bonecas eram suas filhas.
Além dessas brincadeiras as crianças escravas também brincavam aos domingos, que era seu dia de folga, de mamba, roda cutia, nadar nos rios, empinar papagaio entre outras tantas que chegaram até nossos dias.
Segundo a tradição existem no mundo três importantes jogos de reflexão: o xadrez no ocidente, o go na Ásia e o awalé ou mancala na África. Ao jogar mancala o que se está fazendo é repetir os ciclos da natureza: o cultivo do solo e as colheitas que seguem o ritmo das estações. Para se jogar utilizam-se as sementes. Suas estratégias são exercícios de cálculos matemáticos, pelos quais se desenvolve a rapidez mental, a lógica e a concentração. Tudo isso numa única brincadeira.
Partindo desses conhecimentos o projeto foi desenvolvido com crianças do 1º ano do Ensino Fundamental, buscando trabalhar de maneira lúdica a influência africana nas brincadeiras infantis.

Há em nossa alma cansada, mesmo sendo a vida atroz, criança eterna e levada que brinca dentro de nós.
                                                                                                                            (Alberto F. Bastos)

Objetivos da ação:


_ Valorizar a cultura negra e seus afro- descendentes e afro-brasileiros, na escola e na sociedade;
_ Entender e valorizar a identidade da criança negra;
_ Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
_ Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das brincadeiras, lendas, costumes e cantigas de roda para desmitificar o preconceito existente com relação à cultura africana;

Justificativa

O trabalho procurou envolver todas as disciplinas tendo como foco a educação voltada para a consciência da importância do negro para a constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito, desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno, buscando nas nossas próprias raízes e herança biológica e /ou cultural trazida pela influência africana.

Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura ativa e permissiva diante da discriminação e do racismo que atinge a população afro-descendente brasileira até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados que apontam as desigualdades entre brancos e negros, se constatou a necessidade de políticas específicas que revertam o atual quadro. No entanto, isso só foi possível a partir da Lei 10.639 de 2003 que tornou obrigatório nas escolas a História da África e dos afro-descendente no Ensino Fundamental e Médio, fazendo com que em nossas escolas a história e tradição do povo negro no Brasil, desde a trajetória dos seus descendentes vindos da África fossem tratada com respeito e importância sem estereótipos e racismo.

Para tanto, foi elaborado o Projeto Sementes da África sobre as brincadeiras infantis das crianças negras no tempo da escravidão e que ainda influenciam nossas crianças até os dias atuais. Foram desenvolvidas atividades que possibilitaram aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, privilegiando a questão da identidade, do respeito à diversidade e da auto-aceitação, como também aumentar a auto-estima da criança negra, pois se deve começar pelos pequenos a conscientização dos valores e importância da cultura africana em nossa sociedade.

Estratégias de ação:

_ Ler para os alunos diversos tipos de textos como: histórias, contos, poesias, mitos e lendas sobre o tema;
_ Incentivar os alunos a construírem painéis através de recortes de imagens;
_ Oferecer ao aluno a oportunidade de se expressarem através de desenhos produzidos em folhas diversas e com variados matérias suas opiniões sobre o tema;
_ Levar os alunos a confeccionarem jogos através de materiais recicláveis (caixa de ovos, sementes, tampinhas de refrigerantes);
_ Cantar com os alunos cantigas de ninar e cantigas de rodas relacionadas à temática do projeto;
 _ Brincar das mais variadas brincadeiras de origem africana como: mamba, mancala, cantigas de ninar e roda entre outras;
_ Incentivar os alunos a produzirem materiais para a montagem do cenário da apresentação de teatro;
_ Motivar e preparar os alunos para a apresentação de teatro sobre o tema.

Metodologia empregada:

O Projeto Sementes da África foi desenvolvido seguindo as seguintes etapas: pesquisas bibliográficas onde se buscou subsídios, principalmente na obra de Heloisa Pires Lima A semente que veio da África, debate e construção de painéis feitos pelos alunos, confecção de jogos da mancala, confecção de cartazes sobre o continente africano na atualidade e da época da escravidão onde foram debatidos com os alunos através de rodas de conversas de produção de desenhos os temas relevantes sobre os costumes e tradições africanas, montagem de cenário para apresentação das brincadeiras africanas realizadas através de materiais recicláveis. Após debates e confecção de materiais sobre os jogos, cantigas de ninar, cantigas de roda, foi apresentado através de teatro o resultado final do projeto a toda a comunidade que foi convidada a participar na escola do Projeto sobre Cultura Africana.

Critérios de avaliação:

_ A avaliação ocorrerá de forma processual e continua, pois o projeto visa à conscientização em longo prazo no processo educacional.
Outras informações:
O projeto Sementes da África foi desenvolvido com crianças de 6anos que estudam no 1º ano do Ensino Fundamental com o objetivo de despertar desde a infância, a curiosidade pelas brincadeiras e pela cultura africana, permitindo assim que afro-descendentes busquem respeitar sua herança cultural cultivando um sentimento de orgulho e não de discriminação como vem ocorrendo no decorrer dos tempos.

O Projeto será ampliado para os alunos do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, buscando um novo enfoque através da influência africana em nosso cotidiano.


Descrição dos anexos (fotos, atividades, etc)

As fotos acima mostram algumas atividades desenvolvidas durante o Projeto Sementes da África.
 Após a leitura do livro de Heloisa Pires Lima, A semente que veio da África, que entre tantas valiosas informações, mostrou os jogos com sementes de baobá, bem como a lenda sobre essa importante e fascinante árvore para a cultura africana. Foram produzidos pelos alunos desenhos que ilustram a vida, a cultura a arte e algumas brincadeiras e jogos das crianças africanas. Procurou-se focalizar nos jogos de sementes como, por exemplo, a mancala que é um jogo de raciocínio que pode ser jogado por crianças e adultos.  Foram utilizadas embalagens de ovos para a confecção dos tabuleiros e de sementes de feijão e milho para se jogar. Também foram confeccionados cartazes com recortes de imagens que ilustram as brincadeiras infantis do tempo da escravidão no Brasil, bem como, de outras que ilustram algumas partes do continente africano na atualidade e da herança cultural que esses povos deixaram aos seus descendentes aqui no Brasil.
Para encerrar o projeto foi apresentado para a comunidade um teatro sobre o jogo da mancala, mamba, cantigas de ninar, cantigas de rodas, brincadeira com carrinhos e piões de madeira. Foi montado na sala de aula um cenário onde se tentou reproduzir uma sala de estar e o quintal do período colonial onde as crianças encenaram a mucama ninando o bebê do senhor de engenho com cantigas de ninar como o boi da cara preta, nana nenê entre outras. Outros representaram o jogo da mancala, que na África era jogado com as sementes do baobá. Os demais alunos representaram no mesmo espaço o quintal da casa grande, crianças brincando de cantigas de roda de influência africana. Também foram recitados poemas da cultura africana. Tudo em um cenário que procurou reportar os expectadores aos tempos coloniais mais buscando sempre ressaltar a importância de se preservar a cultura dos afros- descendentes e sua influência em nossos dias.
Algumas das imagens do painel África cultura também foram tiradas do livro A semente que veio da África da autora Heloisa Pires Lima com ilustrações de Véronique Tadjo.

Referências bibliográficas:
 Livros:
LIMA, Heloisa Pires. A semente que veio da África. 4 ed. São Paulo: Salamandra, 2005.
Sellier, Marie. A África, meu pequeno Chaka. São Paulo. Companhia das Letrinhas, 2006.
TIMBÓ, André Alves. Hoje é dia de Geografia, 3º ano. 1ed. Positivo. 2007.
VASCONCELOS, José Antonio; MOREIRA, Claudia Regina Baukat Silveira; JOANILHO, André Luiz. Hoje é dia de História, 3º ano. 1 ed. Positivo. 2007.

Sites visitados:
BARROS, Jussara. Resgatando brincadeiras antigas. Brasil Escola, disponível em www.brasilescola.com.br.
BERNARDES, Elizabeth Lannes. Jogos e brincadeiras tradicionais: um passeio pela História, disponível em www.faced.ufu.br.
COELHO, Luciano Silveira. Jogos e brincadeiras africanas, disponível em www.portalprofessor.mec.gov.br.
Revista do Professor. Mancala: Jogo de tabuleiro de origem africana explora valores e habilidades. Out/dez 2008. 





                                                               
                                                                     





segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A HORA DO CONTO

OS CAUSOS DE " SEU GRAEFF"
O PICA PAU
Esses causos foram contados por seu Eloi Graeff, um aposentado que viveu em Porto Amazonas e gostava muito de pescar e contar "causos".
Contou-nos que em certa ocasião quando estava pescando lambaris no rio Iguaçu começou a escutar um barulho estranho.
Ele parou de pescar e durante algum tempo ficou ouvindo o barulho que era assim: toc,toc,toc,...chiuu,chiuu...toc,toc,toc,chiuu,chiuu...
Ué! Ele saiu por entre as árvores para descobrir de onde vinha o barulho. Tal não foi sua surpresa ao avistar em uma árvore, muito dura, um pica-pau trabalhando para fazer sua casa.
O estranho barulho era proveniente dali, pois, o pica-pau ficava com o bico vermelho de calor e voava até a água para esfriá-lo.
E ao colocar o bico na água fazia chiuuuu levantando vapor.


O TIZIU
Em outra pescaria narrada por seu Graeff, aconteceu o seguinte:
O dia não estava propício para a pescaria, pois ele jogava a linha na água e nada do peixe beliscar. Teve de trocar de lugar várias vezes até ficar perto de uma pedra.
Ele ficou muito tempo e nada dos peixes aparecerem. Foi aí então que apareceu um tiziu ( Pássaro comum na região) e sentou na ponta da vara. Ele espantava o pássaro, mas este voava e voltava a pousar na vara, incomodando o pescador. Foi aí que o pescador pensou: este pássaro vai parar de incomodar. Vou aprontar uma para ele.E então quando o pássaro aproximou-se da vara, ele atirou-se para o lado e o pássaro caiu na água e morreu afogado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A HORA DO CONTO- CONTO DO PESSEGUEIRO



A HORA DO CONTO

O CONTO DO PESSEGUEIRO

Conta-se que a alguns anos atrás vivia em um sítio nas proximidades da cidade de Porto Amazonas, um senhor que atendia pelo apelido de “Fazendeiro”. Era uma pessoa de gestos simples, mas que contava com um atributo que poucas pessoas têm, o de ser muito imaginativo. Ele imaginava e logo contava seus “causos” a seus amigos, certo de sua veracidade. Certa ocasião ele narrou a seguinte história, dizia ele que tinha um cachorro de estimação muito querido e prestimoso, que onde ele estava lá também estava seu fiel amigo. Viveram felizes por muito tempo, até que um dia sem mais nem menos o cachorro enlouqueceu. O cão rosnava, babava e avançava em todos que tentavam se aproximar dele. Fazendeiro então se viu em um grande dilema!O que fazer com seu tão fiel e amado companheiro? Matar? Não, isso nem pensar!!! Foi então que ele teve uma ideia, resolveu amarrar o cachorro no pomar que ficava nos fundos da propriedade, afim de esperar para ver se seu companheiro iria melhorar. Assim foi feito. Levou o cão até um pessegueiro e amarrou-o lá. O tempo ia passando e nada do cão mostrar melhoras. Fazendeiro ia todos os dias levar alimentos e água a seu amigo e era sempre recebido com agressividade por aquele que já tinha sido seu companheiro fiel até mesmo em grandes caçadas, mas agora não mais o reconhecia. Depois de algum tempo quando Fazendeiro foi mais uma vez até o pomar visitar seu cachorro, qual não foi sua surpresa ao chegar próximo ao pessegueiro ele percebeu que a árvore também estava muito estranha, pois começou a produzir vários frutos,mas não pêssegos como era de se esperar,mas sim, bananas, abacates, laranjas,peras, maçãs e até mesmo, pode acreditar uma enorme e suculenta jaca. Essa era a prova a doença da loucura do cachorro havia contaminado o pessegueiro que passou a produzir os mais variados frutos. E isso é mais pura verdade!!!
FIM

domingo, 17 de julho de 2011

PROJETO: PLANTIO DE ÁRVORES NO CAIS DO PORTO




                                         INTRODUÇÃO


          O Projeto: Plantio de árvores no Cais de Porto Amazonas, procurou atingir diretamente os alunos da 2º Série B_ da Escola Municipal _ Professor Antonio Tupy Pinheiro_ EF, para que através dele possamos despertar a sensibilidade da comunidade com relação às questões ambientais que envolvem o cais do Porto, um ponto turístico importantíssimo, não só para a História do município como também para o contexto da economia paranaense; através do resgate histórico da importância que o local teve no século XX.
        
          Com o Projeto pretendeu-se através de parceria com a Divisão Municipal de Meio Ambiente e com a colaboração do Grupo Ambientalista de Porto Amazonas (GARI), fazer o plantio de mudas de árvores nativas nas margens do rio Iguaçu no local do antigo cais, onde o Coronel Amazonas fundador da cidade ancorava seu barco, sendo que o plantio ocorreu no mês de abril, dentro do Projeto do Governo do Estado de replantar a Mata Ciliar e se estendeu por todo o ano letivo conforme atividades relacionadas no decorrer do projeto.                              


OBJETIVO GERAL

         * Colaborar no fortalecimento de ações dos movimentos ambientalistas locais na preservação da Mata Ciliar, bem como, resgatar a História de um importantíssimo ponto turístico do município, o Cais do Porto.         


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

          * Estimular a participação dos alunos na luta pelo reflorestamento da Mata Ciliar;

          * Promover espaços de discussão e ações sócios - educativas na escola envolvendo professores e alunos para discutir a questão ambiental e a importância da preservação da Mata Ciliar;

          * Contribuir com o resgate histórico do cais do porto onde começou o Município de Porto Amazonas;

          * Desenvolver atividades que despertem o interesse dos alunos na preservação dos recursos ambientais.

DESENVOLVIMENTO

          O projeto foi iniciado no mês de março com atividades relacionadas ao Dia Mundial da Água, foram abordados temas sobre o consumo de água no planeta, sendo que, primeiramente foi trabalhado com os alunos o ciclo da água, a formação e a importância das chuvas para a vida no planeta, cuidados que devemos ter no consumo e conservação dos mananciais de água. Em seguida foi proposta uma discussão sobre: A Questão da Escassez da Água no Planeta.  Após o debate foi proposto uma atividade onde os alunos teriam que representar a questão da água através de desenhos, sendo que os mesmos participaram de um concurso de desenhos sobre o “Dia Mundial da Água”, promovido pela Divisão Municipal do Meio Ambiente.

          No mês de abril, atendendo a um convite do Grupo Ambientalista de Porto Amazonas (GARI) e da Divisão Municipal de Meio Ambiente, os alunos das segundas séries A e B, participaram do plantio de mudas de canela do mato, na faixa ciliar do rio Iguaçu, no Cais do Porto de Porto Amazonas.
       
          Na ação ambiental foram distribuídas cartilhas sobre a Mata Ciliar pelos ativistas do GARI, além de terem sido dadas explicações sobre a importância das árvores para a biodiversidade e para a preservação do rio Iguaçu.

               Esse acontecimento aguçou muito o interesse dos alunos pela preservação do Cais do Porto, o que fez com que alunos e escola passassem a dar mais destaque ao assunto da preservação da Mata Ciliar, através da confecção de cartazes informativos, anexados pelos corredores da escola e distribuídos para a comunidade.

          Aproveitando o tema a professora sugeriu começar um trabalho de “Resgate da Memória Histórica do Cais do Porto: Onde tudo começou...”, pois é um local de muita importância não só para o município de Porto Amazonas, como também para o contexto estadual, pois o porto de navegação fluvial de Porto Amazonas foi um dos mais importantes caminhos de transporte do progresso do estado do Paraná no início do século passado. (Linha do Tempo em anexo). E assim foi dado início ao Projeto: Plantio de árvores no cais de Porto Amazonas.

          A primeira atividade realizada foi feita através do poema Saudade de autoria de Jáder Bianco descrito a seguir:

 SAUDADE

I
O porto estava lotado
E o povo andando apressado
Era aquele vai e vem
A viagem era embarcada
Quase não existia estrada
Ainda não havia o trem
Ouvi o vapor apitar
Era hora de zarpar
Do cais de Porto Amazonas
Ali na primeira curva
O marujo até se encurva
Para dar adeus à sua dona.

II
A viagem era demorada
A carga muito pesada
O vapor ia serpente Nando rio abaixo
Lá adiante tinha pescador
À noite ouvindo o ronco do vapor
Para vê-lo passar, corria acender um facho
Peixe tinha em abundância
Lembrando ainda era criança
Das primeiras pescarias
Passava o v apor carregado
A gente ficava assustada
Depois só havia alegria.

III
Eram tantas lanchas e vapores
Que transportavam valores
Com certa segurança e pontualidade
Os portos mais movimentados
Foram crescendo virando povoados
Transformaram-se em cidades
Porto Amazonas e a sonhada Palmira
De cidade à condição de distrito vira
São Matheus, Irineópolis, antiga Valões
União da Vitória e Porto Vitória
Que fazem parte da história
Desde os desbravadores dos sertões.

IV
Se voltarmos rio acima
A largura do rio termina
Onde a margem fica estreita
E ali em Paula Pereira
Que o Iguaçu sobe pra esquerda
E o Negro pra direita
Seguindo o rio Negro adiante
Não precisa andar bastante
Para chegar a Marcílio Dias
E encontrar o rio Canoinhas
De onde erva-mate vinha
Nas barcas seguindo as hidrovias.

V
Entre as matas com taquaras
Logo adiante é Três Barras
Que ficava antes de Antônio Olinto
O porto do Corvo Branco faz lembrar
Terra do Capitão França Bach
Pois ali morava o distinto
A viagem continuava subindo
As embarcações iam sumindo
E cada curva um apito
Rio da Várzea e Barra Grande
E o Negro que se expande
A cidade acolhedora e o rio muito bonito.

          Após a leitura do poema foram feitas atividades procurando analisar como era o cuidado que as pessoas tinham com o rio, pois o poema relata que tinha muitos peixes e que ele era utilizado para fazer o transporte de madeira e erva- mate. Foi proposto um debate sobre a questão ambiental da época, que se por um lado o rio era mais limpo pela necessidade da navegação, por outro transportava muita madeira e erva-mate ambas as atividades extrativista que acabaram prejudicando o meio ambiente, pois colaboraram com a devastação das matas no estado.

          A partir desse debate foi proposto aos alunos que fizessem entrevista com seus familiares para descobrirem como era a vida das pessoas no tempo dos vapores, como trabalhavam e como era o local do cais do porto na época da navegação. Em seguida foi feito leituras do livro “Vapores” de Arnoldo Monteiro Bach, que relata fatos do cotidiano das pessoas no tempo do auge da navegação no rio Iguaçu. Baseado em um relato sobre a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que foi narrada pelo senhor Dirceu José de Britto, os alunos fizeram desenhos que foram expostos em um mural da escola. Onde foi procurado enfatizar como era as margens do rio Iguaçu na época em que era utilizado como um cais natural e assim mesmo ainda mantinha uma parte da Mata Ciliar. Logo em seguida foi confeccionado um mapa conceitual através de fotos do cotidiano do cais, com seus vapores, com mercadorias e pessoas sendo transportadas, assim como fotos da limpeza e conservação das margens contra a erosão.  Logo em seguida foi relatada a História do progresso da pequena colônia que pertencia ao município de Palmeira e que graças ao movimento do Porto de Navegação e da Estrada de Ferro conseguiu se emancipar e tornar-se município autônomo em 1947 (Linha do Tempo em anexo).

                 Após um mês voltamos ao cais para verificarmos se as mudas que tinham sido plantadas haviam brotado e após termos feito a limpeza em torno das mudas de canela nativa constatamos que algumas não tinham vingado. Ao retornarmos a escola entramos em contato com a Divisão Municipal de Meio Ambiente e solicitamos, mas algumas mudas para que pudéssemos replantar no local. Alguns dias depois voltamos e foi replantado para garantir que o local terá ao menos mais algumas árvores, pois nos últimos anos o local tinha sido transformado em um lixão e só agora é que a Prefeitura Municipal (seu prédio atual é uma réplica do vapor Cruzeiro) está revitalizando com obras de infra-estrutura para o turismo e assim estamos contribuindo com o plantio das árvores que serviram entre outras vantagens para fazer sombra nas margens do cais que hoje está totalmente desprotegida.

           Durante os meses seguintes foram trabalhados assuntos (conforme o planejamento anual da 2º série), relacionados à questão do solo, água, zona rural e urbana, história e geografia do município, sendo que todo o tema foi relacionado com a questão da revitalização e preservação do Cais do Porto, procurando sempre enfatizar as atitudes que precisamos ter para podermos melhorar o lugar que vivemos.

          No mês de agosto fizemos um passeio pela zona rural do município procurando perceber as transformações provocadas pelo homem na natureza e visitamos outro antigo cais, que foi o primeiro local onde os vapores ancoravam e que se chamava Porto das Laranjeiras, nesse local os alunos perceberam que a Mata Ciliar já está totalmente refeita, pois, hoje se encontra dentro de uma propriedade particular e os proprietários preservaram às margens do rio. Também observaram que hoje em dia no município tem uma vasta área de plantações de frutas, principalmente de maçãs e que por isso é considerado um dos maiores produtores da fruta do Estado do Paraná. Com esse passeio todos voltaram mais entusiasmados e acreditando que se continuarem cuidando das árvores que foram plantadas no cais do Porto que fica no centro da cidade poderá conseguir refazer a Mata Ciliar.

          Após o passeio foram realizadas atividades relacionadas com a importância da preservação ambiental, sobre o uso correto do solo, a reciclagem, a maneira correta como devemos usufruir os recursos naturais e questões importantes sobre como utilizar os recursos da natureza em nosso favor, sem a necessidade do consumismo desenfreado e mostrando que é possível vivermos e termos uma vida sadia se soubermos utilizar bem os recursos que a natureza nos dá.
          No Dia da Árvore retornamos ao cais para cuidarmos das árvores e constatamos que todas estavam crescendo bonitas. Nessa ocasião convidamos o Senhor Otávio de Melo, que é avô de um dos alunos, e que trabalhou no período da navegação, para contar suas experiências. Todos escutaram atentas as suas histórias e ele comentou da importância do projeto que os alunos estão participando para a preservação desse importante local, pois toda a História do Município começou através desse cais.    
               
LINHA DO TEMPO

HISTÓRICO DE PORTO AMAZONAS

1870- O Senhor Coronel Amazonas de Araújo Marcondes, estudou e projetou o início da navegação no rio Iguaçu, vindo da região dos Campos de Palmas;

1880- Os 360 quilômetros eram navegáveis do rio Iguaçu era percorridos por canoeiros que transportavam mercadorias. Em 1882 foi lançado às águas do rio Iguaçu o vapor “Cruzeiro” de propriedade do Coronel Amazonas. Viagem inaugural com destino a Porto União foi bem sucedida e duraram dois dias;

1890- O segundo vapor, o “Visconde de Guarapuava”, iniciou a rota em 1889 e logo após o rebocador “Brasil”;

1900- Após o lançamento dos dois vapores, o movimento foi se intensificando, surgindo inúmeros vapores para atender à demanda do transporte fluvial da erva-mate, madeira e mercadorias das mais variadas;

1910- A navegação crescia em ritmo acelerado, surgia à ferrovia que encurtava caminhos e facilitava a comunicação com outras localidades. Diversas empresas que exploravam o transporte fluvial se fundiram e formou a Sociedade Anônima Lloyd Paranaense, o que melhorou a eficiência do transporte fluvial. O município era colônia da Comarca de Palmeira;

1920- Entre 1915 e 1920 o povoamento teve um expressivo progresso, pois nesta época havia grandes empresas como Leão Júnior, Betega e outras.
          A erva- mate, a madeira, e todo o tipo de mercadorias eram trazidos da região Sudeste e dos municípios de Porto União, União da Vitória, São Mateus etc., dezenas de vapores transportavam e depositavam em armazéns e nos pátios nas proximidades da linha férrea aguardando o embarque para os grandes centros de industrialização;

1930- Durante está década o Governo Federal criou a Comissão de Estudos e Melhoramentos do rio Iguaçu, a fim de dar assistência técnica às deficiências apontadas pelo regime hidráulico do rio, beneficiando assim a navegação. Os trabalhos eram de limpeza do leito, retirando pedras, árvores caídas e outros entulhos. Trabalho desenvolvido até 1976.

1940-Instalada à Empresa de Engenharia Machado da Costa (a maior da América Latina).

1947- O município foi elevado à categoria de Município autônomo, independente do Município de Palmeira.

1950- A cidade viveu momentos de intensa agitação. A ferrovia veio dar continuidade ao ritmo acelerado que a navegação trouxe o pátio da estação sempre movimentado, carregavam e descarregavam mercadorias dos armazéns proporcionando empregos à população.
            
  1955- Nesse período cessou completamente a navegação do rio Iguaçu devido à construção da rodovia do Xisto;

1960- A Estrada de Ferro do Paraná é ampliada e o município continua progredindo através da Estrada de Ferro que era a principal via de transporte;

1970- Houve a desativação da Estrada de Ferro, todas as semanas partiam muitas famílias de mudanças, caracterizando assim o declínio e o empobrecimento do Município. Somente a partir de 1976 que se iniciou o plantio de maçãs, que então a economia voltou a melhorar;

1980- Nessa década é iniciada a Festa da Maçã que passará a fazer parte do Calendário Turístico da cidade, comemorada todos os anos no mês de fevereiro;

1990- Nesta década aumenta a produtividade da maçã e o município passa a ser conhecido como sendo “A Terra da Maçã” por ser um dos maiores produtores de maçãs do estado do Paraná.
   
           A comercialização atende os mercados regionais, estendendo-se aos estados de: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco e exporta a países vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai.

2000- O município passa a plantar e comercializar mais frutas como: ameixa, caqui, pêra, Kiwi e morangos. Sendo que também ampliou seu mercado de exportação, pois as frutas agora são exportadas para a Europa e Ásia. Toda a economia do município está voltada para a produção agrícola.

                     
CONCLUSÃO


          Ao longo do ano letivo de 2010, procurando cumprir com os objetivos proposto no planejamento anual da 2 º série, que prevê o desenvolvimento de atividades relacionadas com o conhecimento da História e Geografia do Município, bem como com as questões relacionadas com a água, solo, desmatamento e preservação ambiental foi trabalhado o Projeto: Plantio de árvores no cais de Porto Amazonas, tendo, pois como finalidade despertar nos educandos o interesse por esse local, que faz parte do contexto histórico, que fica bem próximo da escola e, no entanto era desconhecido de muitos alunos, pois no desenvolvimento do trabalho quando as famílias foram envolvidas no projeto através das entrevistas, percebeu-se que as mesmas não tinham o hábito de contarem as Histórias de como a cidade surgiu e muitos nem se quer conheciam o local que fica próximo ao centro da cidade.

          Ao concluir o projeto pode-se constatar, inclusive através das atividades, que o interesse dos alunos foi despertado pelo cuidado que devemos ter com as árvores e principalmente às que estão sendo replantadas nas faixas ciliares, como no caso à margem do cais do Porto, sendo que em uma das suas margens estava totalmente desprotegida.

          Igualmente, constatou-se que as famílias passaram a dar mais valor a esse local, inclusive indo passear com seus filhos no cais do porto aos fins de semana, pois os mesmos queriam estar sempre cuidando e verificando se suas árvores estavam bem cuidadas e isso foi um dos fatores que colaborou para o sucesso do desenvolvimento do projeto.